sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Eduardo precisa de João. E João precisa de Eduardo.

O prefeito João Paulo em nenhum momento construiu outra possibilidade que não a de João da Costa. Este, desde o ano passado, é o seu candidato. A intransigência do prefeito, pois não possibilitou a discussão em torno de outras opções, deixou nítido que ele deseja fazer o seu sucessor (óbvio) e que as eleições de 2010 estão em sua agenda. Em 2010, João Paulo tem duas alternativas no âmbito majoritário: ser candidato a senador ou a governador.

Sempre desconfiei que João Paulo deseje ser governador. Independente de o governador Eduardo Campos ser candidato a reeleição. Independente, inclusive, do resultado das eleições para prefeito do Recife. Claro, se João da Costa for eleito, a densidade eleitoral de João Paulo pesará em 2010.

João Paulo sabe que precisa de Eduardo Campos. Mas não dar importância a ele. Parte do princípio de que pode ser governador e senador sem o apoio do governador. Talvez isto seja possível. Contudo, Eduardo Campos não pode ser desprezado.

Por outro lado, Eduardo Campos sabe que precisa de João Paulo. Apesar, desconfio, de ter torcido para que a Unidade da Luta apresentasse um candidato a prefeito, pois deste modo João Paulo seria enfraquecido. Contudo, Eduardo Campos descobriu que o seu sucesso eleitoral em 2010 depende, em parte, de uma aliança com João Paulo. Por conta disto, Eduardo Campos sinaliza em declarar apoio público a João da Costa.

Contudo, João Paulo continua em silencio quanto a 2010. Talvez seja cedo para dizer algo. Porém, se João Paulo pretende continuar no PT, ele irá precisará de Eduardo Campos em 2010. Deste modo, Eduardo deu o primeiro aceno. Falta o aceno de João Paulo.

João Paulo e Eduardo Campos precisam um do outro. Eduardo já sabe disto. Porém, o prefeito parece que ainda não descobriu que também precisa de Eduardo.

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