sábado, 16 de fevereiro de 2008

Jorge Zaverucha

Caso Jorge Zaverucha afirmasse: “ME PARECE que o deputado X defende o Pacto pela Vida com tanta veemência em razão de ter o direito de nomear pessoas para vários cargos da administração estadual, os quais existem em sua base política.” Certamente, o deputado X processaria Jorge Zaverucha. Cobraria respeito. Espernearia!
Contudo, como aconteceu o contrário, o procurador da Assembléia Legislativa de Pernambuco considera que não existiu quebra de decoro por parte do deputado João Fernando Coutinho quando este acusou Jorge Zaverucha.
Parlamentares no Brasil não se consideram iguais a outros indivíduos. Compreendem que estão acima da Lei, da suspeita. Respeito ao outro, nem pensar! A atitude da Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco foi desrespeitosa com Jorge Zaverucha. Mostra que alguns dos seus quadros não respeitam o contraditório, e nem estão aptos em reconhecer a importância intelectual e moral de Jorge Zaverucha para a sociedade brasileira.
Notícia
PE BODY COUNT, 15/02/2008
Escrito por Eduardo Machado.
Esta semana, completou dois meses que o deputado João Fernando Coutinho (PSB) ofendeu o pesquisador Jorge Zaverucha durante a audiência pública que discutiu o Pacto pela Vida.
Disse o deputado após ouvir a explanação de Zaverucha no plenário da Assembléia: "O professor Zaverucha ME PARECEU mais contratado pela oposição mostrando a sua tendência e o seu espírito em querer simplesmente incriminar ou criticar um plano de ação tão bem feito pelo Governo do Estado, Ministério Público, Assembléia e toda a sociedade pernambucana".
Procurei saber qual o resultado do requerimento de abertura de processo por quebra de decoro parlamentar contra Coutinho, entregue por Zaverucha à Assembléia no dia 14 de dezembro de 2007.
A assessoria de comunicação da Assembléia informou que no dia 22 de janeiro, o procurador-geral adjunto da casa, Hélio Lúcio Dantas da Silva, analisou o caso e concluiu que não havia quebra de decoro, pedindo, em seguida, o arquivamento do feito. O presidente da AL, Guilherme Uchôa (PDT) seguiu a orientação do procurador e arquivou o requerimento.
Um dos pilares da análise do procurador está no fato do deputado ter usado a construção "me pareceu" ao desabonar as palavras de Zaverucha, que criticou, o Pacto pela Vida.
"O parlamentar ao utilizar a expressão ME PARECEU, apresenta uma impressão ou suposição e não faz afirmação que o requerente foi contratado pela oposição", avaliou o procurador.
Bem, o procurador ME PARECEU totalmente parcial ao julgar que o deputado João Fernando Coutinho não afirmou nada demais, simplesmente porque antecedeu sua fala da expressão "ME PARECEU".
Não há nenhuma ofensa em identificar alguém com qualquer tendência política. No entanto, um deputado governista querer desqualificar uma crítica de um cientsita político dizendo que ele se dirigiu à Assembleía para um debate e defendeu interesses contrários ao do governo porque foi comprado é uma grande ofensa. Ofensa que se tornou recorrente nesse governo e que já foi dirigida a várias pessoas que ousaram não "reconhecer" a maravilha que se tornou Pernambuco nos últimos 14 meses.
Na prática, para a Assembléia o assunto está encerrado. Para mim não foi nenhuma surpresa. Infelizmente nunca sequer PARECEU pra mim que aquela casa pudesse ter postura diferente diante desse sórdido episódio.

Um comentário:

Anônimo disse...

Em conversa com minha ex-Profª de Alemão, ela comentou: "falta à População consciência social para que se envolvam mais nos problemas políticos e sociais." em resposta eu disse: "concordo com a Sra. porém, acho que o problema é maior que isso. Vivemos num tempo de completa e total falta de consciência, seja ela de qualquer tipo; falta consciência política, ética, moral, social". Políticos fazem, e dizem o que querem sem se quer medir o tom de suas palavras ou as consequências de suas ações. Desde o começo do Pacto não houve melhora alguma nos quadros da violência em nosso estado, é terrível saber que todos os governantes sabem qual é solução e não se empenham na aplicação dela; EDUCAÇÃO. Porém, eles sabem, o quanto é perigoso para seu próximo mandato, que o cidadão que votou nele em troca de uma cesta básica, aprenda a ler o jornal.