quarta-feira, 5 de março de 2008

Mais um encontro com Hugo Acero

Ontem tive mais uma vez com Hugo Acero. Novamente, fiquei encantado com os seus relatos profissionais e pessoais sobre a Colômbia. Acero não é inocente, felizmente, pois ele sabe o perigo que as Farc representam para a estabilidade política e econômica da Colômbia. Hugo não me falou, mas sei que ele receia que os frutos positivos do seu trabalho deixados na Colômbia possam ser anulados pela ação das Farc.

No âmbito da segurança pública, Hugo Acero mais uma vez evidenciou, na Faculdade Maurício de Nassau, que a redução da freqüência de homicídios é possível. Bastam apenas decisões, onde nestas, a prioridade orçamentária deve ser levada em consideração. A prioridade do Estado é conceder aumentos aos servidores públicos ou investir recursos na infra-estrutura, no aperfeiçoamento das instituições e em políticas sociais?

Os membros das diversas instituições estatais brasileiras não fazem a indagação acima. Não fazem, pela simples razão de que o Estado brasileiro é um nicho de interesses. Cada categoria busca o seu, mas esquece do todo, por conseqüência, os recursos para a área social, por exemplo, são reduzidos.

Não é possível construir uma política de segurança no Brasil desconsiderando a questão orçamentária. Contudo, se a levarmos em consideração, privilégios terão que ser reduzidos ou cortados (este é o ideal).

A Colômbia decidiu enfrentar a alta freqüência de homicídios e galgou sucesso. E este foi conseguido por conta de que, antes de tudo, discutiu-se o orçamento e as suas prioridades.

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